PELD - RLaC | Dinâmica populacional e crescimento de Tropidurus torquatus (Wied-Neuwied, 1820) no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Rio de Janeiro, Brasil (Squamata: Tropiduridae)
Citation
Fernandes da Silva D, Henrique Moreira de Sousa Pinna P, Luiz Florentino Borges E (2021). PELD - RLaC | Dinâmica populacional e crescimento de Tropidurus torquatus (Wied-Neuwied, 1820) no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Rio de Janeiro, Brasil (Squamata: Tropiduridae). Version 1.4. Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira - SiBBr. Sampling event dataset https://doi.org/10.15468/hr2x1n accessed via GBIF.org on 2024-12-12.Description
Tropidurus torquatus é uma espécie presente nas restingas do sudeste brasileiro, incluindo a restinga de Jurubatiba, sendo um táxon bastante comum nestas áreas, o que o torna uma espécie alvo para estudos relacionados à dinâmica populacional. Trabalhos com esta espécie relativos a estimativas de tamanho populacional, estrutura etária, razão sexual, entre outros, foram realizados em áreas de cerrado e na região Sul do Brasil, porém tais aspectos não foram explorados em populações de T. torquatus de restingas do sudeste brasileiro.
O estudo da dinâmica populacional de T. torquatus possibilitará uma maior compreensão dos padrões de atividade, crescimento, reprodução e dispersão dessas espécies e de como estes fatores são afetados pela sazonalidade. Existe ainda a possibilidade de comparar os resultados obtidos com estudos realizados em outras áreas, permitindo a avaliação de como as especificidades de cada região podem afetar os hábitos de vida da fauna local.
Sampling Description
Study Extent
As três áreas supramencionadas apresentam características fitofisionômicas que se enquadram como: (1) “zonas de formações abertas de Clusia spp.”, localizadas mais próximas da praia e caracterizadas por apresentarem uma vegetação mais esparsa, entremeada por cordões de areia, recebendo alta incidência solar e baixa disponibilidade de água fresca; (2) uma zona denominada “vegetação arbustiva aberta de Ericaceae”, distinta por apresentar fragmentos de vegetação irregulares e constituídas por arbustos e árvores. Esta área está situada entre a “zona de formações abertas de Clusia spp. (1) e a terceira área, esta última a mais afastada da faixa da praia e denominada: (3) “floresta seca de restinga” caracterizada por uma vegetação densamente distribuída, com a presença de grandes árvores e grande quantidade de matéria orgânica em decomposição, formando uma densa serapilheira.Sampling
As expedições de campo têm sido realizadas trimestralmente, com duração de sete dias e sete noites. São aplicados dois métodos para amostragem de anfíbios nas áreas do Parque: armadilhas de interceptação e queda (pitfall traps) e Inventário Completo de Espécies (sensu Scott Jr. 2001). Foram escolhidos esses dois métodos por serem os mais efetivos para estimar a taxocenose de anfíbios em restingas (ROCHA et al. 2004). Tanto na área intermediária quanto na área de “vegetação arbustiva de Clusia”, foram instalados sete conjuntos de armadilhas de interceptação e queda em forma de “Y”. Tais conjuntos de armadilhas são compostos por quatro baldes de 60 litros cada, sendo três baldes dispostos nas extremidades e um no centro do conjunto, distantes cerca de 5 m uns dos outros. Entre os baldes, foram instaladas cercas-guia de lona. Na área de formação de mata seca de restinga a disposição das armadilhas foi modificada desse padrão geral. Nela, foram dispostas cinco armadilhas em “Y” com quatro baldes cada e uma armadilha em linha, com oito baldes, totalizando os mesmos 28 baldes por área que foram dispostos nas outras duas regiões amostradas. A armadilha foi disposta em linha a fim de potencializar a amostragem de diferentes microhabitats em um determinado ponto, limítrofe entre área alagável periodicamente e área de mata seca de restinga. Foram instalados 84 baldes no total. As armadilhas de interceptação e queda são abertas na primeira manhã de amostragem e permanecem abertas por sete noites consecutivas, sendo vistoriadas todas as manhãs para verificação dos animais capturados. Após as sete noites, os baldes das armadilhas são fechados até a próxima campanha de amostragem. O outro método adotado para o monitoramento de anfíbios do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba é o Inventário Completo de Espécies. Seguindo esse método, são realizadas incursões noturnas às áreas do Parque, com duração de duas horas cada, por sete noites consecutivas. Têm sido amostrados os mesmos oito pontos em sete noites consecutivas. Desses pontos, dois estão situados em área de mata seca de restinga, quatro na formação arbustiva de Clusia e dois na área intermediária. O esforço amostral da busca ativa totaliza até o momento mais de 140 horas/pesquisador. Adicionalmente, foram amostrados irregularmente 26 áreas extras.Method steps
- Os espécimes coletados (adultos e girinos) são fotografados, mortos por sobredose de anestésico e devidamente fixados em solução aquosa de formalina a 10%. Após sete dias, são transferidos para álcool 70% a fim de serem mantidos preservados em via líquida. Posteriormente, os exemplares coletados foram depositados na coleção do Setor de Herpetologia, Departamento de Vertebrados do Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro (MN/UFRJ).
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Geographic Coverages
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