PPBio Mata Atlântica - UERJ | Monitoramento de morcegos na Ilha Grande, RJ
Citation
Costa L (2025). PPBio Mata Atlântica - UERJ | Monitoramento de morcegos na Ilha Grande, RJ. Version 1.5. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Sampling event dataset https://doi.org/10.15468/w4wmuh accessed via GBIF.org on 2025-02-19.Description
Este projeto teve como principal objetivo ampliar o conhecimento sobre a diversidade biológica na Ilha Grande, utilizando a metodologia RAPELD que permite a integração de dados de diversos estudos. Dentro da estrutura do RAPELD já estabelecida na Ilha Grande, houve capturas de morcegos com redes de neblina e também amostragens com detectores de sinais de ecolocalização, uma técnica pouco difundida no Brasil que vem crescendo.
Sampling Description
Study Extent
O trabalho de campo para captura de morcegos foi realizado entre dezembro de 2014 e agosto de 2018, totalizando 56 noites com 661 horas de amostragem. Cada parcela teve um total de quatro noites de amostragens, sendo duas na época considerada úmida e duas na época considerada seca. Foi considerado como época úmida o período entre a primavera e o verão, que vai de outubro a março, e época seca do outono e inverno, entre os meses de abril a setembro.Sampling
Treze redes de neblina (10 x 3 m, 19 mm de malha, Ecotone® 719/10) para amostragem de morcegos foram posicionadas ao longo do corredor central em cada parcela amostrada. Permaneceram abertas do pôr do sol ao amanhecer e foram vistoriadas em intervalos médios de 20 em 20 minutos para retirada dos morcegos capturados.Quality Control
Os morcegos foram colocados individualmente em sacos brancos de pano de algodão, onde permaneceram por aproximadamente duas horas para obtenção de amostras fecais. Posteriormente foram pesados e marcados com coleiras modelo Tie-Pin 130 mm providas de anilhas fechadas (www.anilhas.com), onde cada indivíduo teve sua numeração própria para futura identificação na recaptura. Os animais jovens foram identificados pelo grau de ossificação das epífises e não receberam essa marcação, pois ao crescerem ganham massa corporal e a coleira pode machucá-los. Então foram feitos furos no dactilopatágio para confirmar a recaptura na mesma campanha. Os morcegos capturados tiveram seus dados registrados, como data e hora da captura, peso, sexo, condição reprodutiva, classificação como jovens ou adultos e tamanho do antebraço. Posteriormente os indivíduos capturados foram soltos no mesmo local de captura.Method steps
- Os morcegos foram inicialmente identificados no campo com o uso de guias de campo e chaves de identificação disponíveis na literatura científica (principalmente, Emmons & Feer, 1997; Gregorin & Taddei, 2002; Reis et al., 2007; Gardner, 2008; Reis et al., 2013). A nomenclatura das espécies seguiu Gabirno et al., 2020. Alguns indivíduos de cada espécies foram coletadas para material testemunho. Esses morcegos foram depositados no acervo de referência do Laboratório de Mastozoologia Dr. Adriano Lúcio Peracchi – ALP, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Licenças: IBAMA № 12548 e № 10361; SISBIO № 45702-4; INEA № 63/2015; CEUA UERJ № 008/2018). Para uma determinação mais precisa dos dados referentes ao Sol e à Lua, foi utilizado o programa Moonphase 3.3. Como o horário do pôr-do-sol pode variar a cada dia dependendo da estação do ano, a unidade de tempo em que os dados foram registrados foi convertida para “minutos após o pôr-do-sol”. A temperatura e a umidade foram medidas através de um aparelho chamado termohigrômetro digital. As medidas foram registradas no começo, no meio e no fim da amostragem. Dados de nuvem, vento e chuva também foram anotados. Esses dados foram avaliados pela percepção da equipe.
Taxonomic Coverages
Os morcegos são classificados na Ordem Chiroptera.
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Chiropteracommon name: Morcego rank: order
Geographic Coverages
A Ilha Grande está localizada no litoral Sul do estado do Rio de Janeiro, na Região da Costa Verde, município de Angra dos Reis. Trata-se de um fragmento do maciço litorâneo da Serra do Mar com uma área de 193 km² e 155 km de perímetro. Está inserida na Baía da Ilha Grande, sendo o ponto mais próximo do continente distante a três km. Corresponde a maior ilha fluminense e apresenta uma beleza natural exuberante. É considerada um santuário ecológico devido a sua alta diversidade biológica, com vários casos de endemismo. O clima é do tipo Af (quente e úmido), segundo a classificação de Köppen-Geiger. Apresenta variação de precipitação pluviométrica entre 1.245 a 4.531 mm ao longo do ano, estando muito relacionada a fatores como maritimidade, intensa insolação e a altimetria do relevo. A temperatura média anual está entorno de 24 ºC e não se observa estação seca bem definida. Na Ilha Grande existe uma grande diversidade de ecossistemas que são característicos da Mata Atlântica. As formações vegetais incluem a Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, Submontana e Montana, Restinga, Manguezal, Lagunas e Vegetação sobre Afloramentos Rochosos.
As parcelas RAPELD PPBio foram instaladas no Parque Estadual da Ilha Grande (Módulo Leste), que é o segundo maior Parque Estadual do Rio de Janeiro, e na Reserva Biológica da Praia do Sul (Módulo Oeste). O Parque Estadual da Ilha Grande foi implantado com o intuito de conservar os recursos naturais e incentivar o turismo ecológico. Cerca de 87% da área está protegida, não podendo ocorrer alteração no ambiente, como atividades agrícolas ou novas ocupações residenciais. A Reserva Biológica da Praia do Sul localiza-se entre as praias dos Meros e da Parnaioca e tem como objetivo conservar as espécies da fauna e flora que correm risco de extinção, pesquisa e educação ambiental.
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